O grande volume de resíduos de palha gerado na atividade de produção de cana-de-açúcar não vira energia racional. Cerca de 55% é queimado, o que corresponde a 48,3 milhões de toneladas, no Brasil, das quais 28,3 milhões de toneladas, no Estado de São Paulo. Conforme o estudo da Fiesp intitulado Ampliação da Oferta de Energia Através da Biomassa, os resíduos de bagaço e palha da cana correspondem a quase três vezes a geração de lixo domiciliar e industrial, juntas, no Estado paulista. Em 2000, São Paulo gerou 6.652.125 toneladas de resíduos domiciliares e 26.619.678 toneladas de resíduos industriais. Somando esses dois números e multiplicando o resultado por três, são 99.815.409 toneladas, o que chega a menos ainda do que o total de bagaço e palha de cana gerados pelo setor sucro-alcooleiro: 101.016.664 toneladas. O que os empresários querem mostrar, com esse levantamento, é que há um potencial energético enorme no aproveitamento dos resíduos da cana para geração de energia aproveitável na atividade econômica, o que hoje não está ocorrendo. A queima ainda é uma atividade apenas terminal, para as lavouras se livrarem dos resíduos.