Avanço agropecuário no MT é cada vez mais criticado
2004-07-29
A corrida pelo desenvolvimento agropecuário brasileiro está deixando um saldo negativo no meio ambiente e para a imagem do País. A tendência este ano é que o Brasil contabilize desmate próximo aos números do ano passado, aproximadamente, 23 mil quilômetros quadrados.
—Um volume que infelizmente tem sido mantido há três anos consecutivos e liderado por Mato Grosso, e como exemplo, temos a região da Bacia do rio Xingu, que há três anos registra alto nível de desmates—, criticou ontem, durante a realização 42º Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural (Sober), em Cuiabá, o professor do Instituto Sócio-Ambietal, Márcio Santilli.
Os números projetados, segundo Santilli, são picos registrados no início desta década. Nos anos 90, a média anual de desmate era de 17 mil quilômetros quadrados e hoje coincidem com a avanço da agricultura mato-grossense.
A critica de ontem, foi a terceira que o setor produtivo rural do Estado, recebeu em menos de um mês. A primeira foi durante a abertura da 56ª edição da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada em Cuiabá de 18 a 23 de julho e a segunda, na última sexta-feira, quando a revista britânica The Economist condenou a maneira com que a agricultura avança sobre a Floresta Amazônica e também, taxou o governador Blairo Maggi de ser inimigo da floresta. (Diário de Cuiabá, 28/07)