Fiscais destroem espécimes raros de raias no Rio
2004-07-29
Uma amostra com dez espécimes de raias da África, mortas e preservadas em formol, foi incinerada pela fiscalização do Ministério da Agricultura no aeroporto Tom Jobim, no Rio de Janeiro, na sexta-feira passada. O material havia sido emprestado pelo governo espanhol para o Instituto de Biologia da Uerj e um pesquisador da USP de Ribeirão Preto.
As raias chegaram ao Brasil na bagagem do pesquisador Marcelo Carvalho, da USP. Sete das dez raias seriam objeto de pesquisa da Uerj. Outras três fazem parte do projeto de pesquisa de Carvalho. — Era um material muito importante, porque essas três raias são espécies novas, ainda não-descritas pela ciência, disse Carvalho. O pesquisador afirmou ter apresentado uma carta de apresentação do Instituto de Oceanografia da Espanha, indicando o que era o material e sua finalidade. Segundo ele, esse documento já era suficiente para liberar a entrada ou, ao menos, impedir a incineração.(Folha online, 28/07)