Canoas é uma das seis cidades do Brasil a integrar programa-piloto para avaliar características do ar, do Ministério da Saúde. A Prefeitura prepara estratégias para avaliar a qualidade do ar no município. O projeto que pretende apontar onde estão as fontes poluidoras do meio ambiente poderá reduzir, no futuro, as internações hospitalares. A cidade é uma das seis do Brasil a integrar o programa-piloto do Sistema de Vigilância Ambiental em Saúde Relacionada à Qualidade do Ar (VIGIAR), do Ministério da Saúde. Canoas está localizada numa região com grande quantidade de indústrias e com forte fluxo de ônibus e caminhões na BR-116, que corta a cidade. Isso acaba despejando no ar muitos resíduos tóxicos. A intenção do Município é identificar de onde vêm os resíduos para tentar eliminá-los.

Segundo o diretor-geral da Secretaria Municipal de Preservação Ambiental (Sempa), Isaac Zilbermann, o reflexo da qualidade do ar na saúde das pessoas e a relação entre a qualidade do ar com as doenças respiratórias serão avaliadas com o monitoramento do ar. De acordo com Zilbermann, após o cadastramento, as doenças apresentadas pelos pacientes serão analisadas e poderá se identificar de onde vêm a substância poluente. A Prefeitura, então, fará uma vistoria na empresa para saber se está realmente emitindo muitos resíduos degradantes ao meio ambiente. Na última semana, foi realizado um mapeamento geral da estrutura do sistema de emissão de gases poluentes. - Através da aerofotogrametria, uma foto a oito mil metros de altura, podemos identificar quais os pontos da cidade têm pequenas, médias ou grandes empresas poluentes. Após identificá-las, podemos fiscalizá-las - afirma. As pequenas indústrias do município também estão na mira da Prefeitura. Segundo Zilbermann, as empresas de menor porte não estão sujeitas a uma fiscalização tão rigorosa quanto as grandes empresas, o que pode fazê-las descuidarem das questões ambientais. (Diário de Canoas, 28/07)