ONG quer ajudar na economia de água em Santos/SP
2004-07-27
A escassez de recursos hídricos, embora bastante comentada atualmente, ainda depende de atitudes mais efetivas para ser evitada. A fim de prevenir o risco da falta de água é que foi criada a organização não-governamental (ONG) H2Org — Associação para Preservação dos Recursos Hídricos, que se propõe a oferecer assessoria para a redução do consumo de água em prédios.
O lançamento da organização será realizado hoje, no Bar do Sesc (Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida), às 20 horas.
Segundo o presidente da H2Org, Roberto Pedroso Carvalho, também será lançado o Projeto Divisor — Uso Racional da Água.
Conforme Carvalho, a organização pretende firmar parcerias com empresários e com o Poder Público, a fim de angariar recursos para poder atuar em edifícios da Cidade e da Capital.
A idéia é informar os moradores sobre a necessidade de economizar água, e como isso é possível. —Nós nos habituamos tratar a água de maneira pouco recomendável—, ressalta o presidente da ONG, explicando que os consumidores podem reduzir o consumo em até 70%.
Para isso, de acordo com Carvalho, é necessário fazer a troca do vaso sanitário convencional pelo que vem com a caixa acoplada, a regulagem da vávula conforme a pressão de cada andar e a instalação do medidor individual, que permite a cada morador pagar somente por aquilo que gastou.
No edifício onde mora, Carvalho conseguiu reduzir o consumo de água em 27%. —Isso representa uma economia de 560 mil litros de água por mês, o suficiente para atender mais de 50 famílias na periferia, onde o consumo de água raramente chega a 10 mil litros mensais—.
Em um prédio comercial da Cidade, após a revisão e regulagem dos dispositivos de consumo e a adoção do medidor individual, a conta de água teve redução de 63%, entre março e outubro de 2003. —Hoje, todo mundo quer encontrar meios para economizar água—.
Carvalho explica que os investimentos necessários serão realizados pela ONG com recursos obtidos junto ao Poder Público ou às empresas. E os moradores dos edifícios atendidos devolverão os recursos investidos com parcelas mensais equivalentes ao valor economizado em cada mês, sem onerar o condomínio. (A Tribuna Digital, 27/07)