Ação não tem precedente num caso como o aquecimento global
2004-07-27
A ação movida pelos procuradores de sete Estados norte-americanos contra empresas que geram energia às custas do aumento dos gases estufa é inédita por vários motivos. Um deles é que os procuradores não querem ressarcimento dos danos públicos em dinheiro nem em remediação, mas querem que as usinas simplesmente contribuam para abater as esmissões de dióxido de carbono geradas por suas atividades. Além disto, é o primeiro caso de uso de uma ação judicial para o combate ao aquecimento global. E é a primeira vez que se qualifica o aquecimento global objetivamente como um distúrbio público, o que tem raízes jurídicas nas leias da Suprema Corte norte-americana. — Há um claro consenso de que o aquecimento global começou, está alterando o mundo natural, e irá se acelerar neste século, a menos que sejam adotadas ações para reduzir as emissões de dióxido de carbono, afirma a ação. Se a tendência se espalhar, certamente ficará muito mais fácil agir contra abusos nas emissões de dióxido de carbono, o que poderá atingir ainda o setor de veículos, que emite elevadas taxas desse gás estufa.