Agricultores americanos compram terras no Cerrado brasileiro
2004-07-26
Fazendeiros do Meio-Oeste americano continuam comprando terras no Brasil para produzir soja, milho ou algodão para exportação (As três culturas transgênicas plantadas no Brasil). O crescente ganho de competitividade do agronegócio brasileiro acelerou esse processo, e as diversas visitas de associações agrícolas dos EUA realizadas nos últimos anos começam a render frutos e fortalecer a migração, com investimentos concentrados em regiões produtoras dos Estados de Tocantins, Mato Grosso e Bahia.
O movimento de compra de terras ganhou força depois da desvalorização cambial de 2002, estimulado pelo lançamento de cotas de investimento por alguns fazendeiros americanos entre conhecidos e sócios de cooperativas no Meio-Oeste, tradicional área de produção agrícola nos EUA. A diferença entre o preço da terra agricultável nos EUA e no Brasil, além do custo do trabalho, são os principais chamarizes para os investidores. Um acre (0,4 hectare) na região norte de Illinois, um dos Estados americanos produtores de soja, custa cerca de US$ 5 mil (R$ 15 mil), enquanto na região de fronteira do Tocantins pode sair por US$ 200. (Valor on line, 23/07)