(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2004-07-26
A Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes) vai firmar, nos próximos dias, um termo de cooperação técnica com a Prefeitura Municipal de Varginha, no Sul de Minas, dentro do Programa Mineiro de Desenvolvimento Tecnológico e Produção de Biodiesel, com a finalidade de dar suporte à produção, em larga escala, deste combustível. A informação foi dada pelo secretário Bilac Pinto, incentivador da pesquisa, produção e comercialização de combustíveis alternativos aos derivados de petróleo, cujos preços no mercado interno estão quase permanentemente submetidos às turbulências internacionais.
O programa mineiro do biodiesel, disse o secretário, compreende cinco projetos em negociação com o Ministério da Ciência e Tecnologia, que vai apoiá-los com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), juntamente com iniciativas semelhantes de outros 20 estados brasileiros. Também conhecido como Soldiesel, o Programa vale até o ano de 2007, e tem profundos impactos sócio-econõmicos. Ele prevê, por exemplo, a substituição de 25% do petrodiesel consumido em Minas até aquele ano, plantio mínimo de 500 mil hectares de oleaginosas alternativas e características da biodiversidade brasileira e geração de renda direta para 100 mil famílias, correspondendo a criação de 400 mil a 500 mil postos de trabalho.
Segundo a superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento da Sectes, Ângela Menin Teixeira de Souza, o valor total calculado para o seu desenvolvimento tecnológico, que inclui cinco projetos com a participação da Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), instituições vinculadas à Secretaria de Estado, prevê recursos federais da ordem de R$ 14,45 milhões. Desse total, R$ 6.641 milhões estão em negociação. Entre os cinco projetos estão a realização de testes em motores e a certificação do biodiesel. O programa foi enviado à Secretaria de Política de Informática e Tecnologia do Ministério, para análise, no dia 31 de outubro do ano passado. Após aceite pelo órgão Federal, vai ser assinado um acordo de cooperação com o Estado e, posteriormente, os contratos específicos com a Finep.

OBJETIVOS PRINCIPAIS
Entre os objetivos do Programa Mineiro de Desenvolvimento Tecnológico e Produção de Biodiesel estão o apoio a projetos de pesquisa e desenvolvimento, a criação da Rede Mineira de Biodiesel e de centros voltados para a produção de sementes e mudas de oleaginosas, além de auxílio à implantação de unidades de produção de álcool anidro, criação de laboratórios de caracterização e certificação de qualidade do combustível, e formação de recursos humanos.
Um aspecto importante, segundo Ângela Menin, é o apoio à criação de cooperativas e de parcerias entre os setores público e privado, e a articulação e integração em rede das unidades produtoras de biodiesel. É ainda objetivo do programa mineiro o desenvolvimento de uma política de comercialização do biodiesel e dos Certificados dos Créditos de Carbono. A autorização para a mistura de 2% de biodiesel no diesel convencional deverá entrar em vigor em janeiro do ano que vem e demandará uma necessidade de produção de 800 milhões de litros para atender a frota nacional. Minas possui 11,6% da frota de caminhões e 11% da de ônibus, conforme dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Aumotores (Anfavea). Para o Estado ser auto-suficiente necessita produzir cerca de 88 milhões de litros por ano. Ângela Menin explicou que este volume corresponde à capacidade de produção de uma ou duas usinas de grande porte. Ela disse que Minas dispõe de tecnologia para implantar tais usinas, mas aguarda a regulamentação federal, ainda neste mês, para a fabricação do combustível.

EXPERIÊNCIA
Em caráter pioneiro, o município de Varginha inaugurou, no último dia 16, uma planta de biodiesel, e agora vai receber o apoio do Governo do Estado, que auxiliará na organização de um projeto de pesquisa agrícola junto com a Universidade Federal de Lavras (Ufla). A usina está localizada no Distrito Industrial de Varginha e produz o combustível a partir da mamona. O projeto piloto de implantação da cultura da mamona, que também é uma alternativa á crise da cafeicultura, é considerado uma referência nacional, disse o prefeito Mauro Tadeu Teixeira. Uma medida adotada pela prefeitura para despertar o interesse dos produtores a cultivar a mamona foi a criação de uma cooperativa, tendo a prefeitura disponibilizado uma fazenda experimental com área de 14 hectares. Os produtores estão recebendo o apoio de técnicos de Lavras no acompanhamento da adaptação da mamoneira ás condições climáticas do Sul de Minas.
Segundo o prefeito, a unidade implantada no município vem produzindo 70 litros/hora de biodiesel, há uma semana, e o combustível já foi testado, com sucesso, em um ônibus da Faculdade de Agronomia de Lavras, numa misutra de 50% com o petrodiesel. Em trator o combustível foi empregado puro e o motor funcionou normalmente. Nos caminhões da prefeitura foi feita a mistura de 5%. O prefeito contou que já está orientando funcionários e alunos de escolas da rede pública para que recolham óleo de cozinha usado para filtragem e transformação em biodiesel também. O combustível ainda não está a venda, pois depende de regulamentação e produção em grande escala, sem interrupção. Ele acredita que a partir do apoio do Governo do Estado terá condições de divulgar melhor e incrementar a produção, coroando uma experiência iniciada há dois anos.

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -