Termelétricas punidas não têm como elevar produção
2004-07-23
Seis usinas térmicas do Nordeste, que integram o Programa Prioritário de Termeletricidade (PPT), começam a ser punidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), por gerarem energia abaixo de sua capacidade. O curioso é que a deficiência ocorre por falta de suprimento de gás da Petrobras, que até agora não recebeu as licenças ambientais para interligar os gasodutos entre as regiões Sudeste e Nordeste.
Foi uma resolução da Aneel, de nº 40, editada em 28 de janeiro, que forçou o nível de redução da capacidade das térmicas, ao constatar, em testes simultâneos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que as usinas só estavam aptas a gerar 29% da potência instalada, de 1.670 MW. A primeira térmica multada foi a Fafen Energia, do grupo EDP (80%) e Petrobras, que recebeu notificação de R$ 1,815 milhão em maio.
A decisão da Aneel já preocupa o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Mundial, que financiaram US$ 570 milhões para a construção de três térmicas - Termopernambuco (Guaraniana), Termobahia (ABB e Petrobras) e Termofortaleza (Endesa). (Valor on line, 22/07)