De 114 hectares, apenas 57 estão protegidos como Parque Municipal
2004-07-23
Em 1994, o Morro do Osso passou a ser reserva ambiental e, desde então, é proibida a construção de casas no local. Dos 114 hectares onde foi constatada presença de Mata Atlântica, apenas 57 deles estão protegidos no Parque Municipal. O restante está sendo negociado pela SMAM com os proprietários dos terrenos. Segundo a bióloga e diretora da Divisão de Parques da SMAM, Simone Mirapalhete, a verba destinada às Áreas de Preservação Permanente (APP) são direcionadas para a manutenção do parque – guardas, luz, telefone – e não cobrem o valor de uma desapropriação. — Para adquirí-los, precisamos negociar as dívidas de impostos das propriedades que estão em atraso, já que não há verba em caixa que cubra o valor dos terrenos, explica.
Em relação aos índios, Simone afirma que a prefeitura sempre manteve diálogo com eles. No ano passado, um espaço na Lomba do Pinheiro foi cedido, onde há acesso à moradia, saneamento básico e atendimento médico. Para ela, pesquisas feitas em 1993 pelo museu arqueológico do RS não encontraram ossadas, o que leva a acreditar que os motivos dos índios para reivindicar espaço no Morro do Osso não passam de mitos e lendas.