Até mesmo uma inocente latinha de balas pode ser ameaçadora à saúde, não exatamente por causa do açúcar, mas do chumbo. Isso mesmo. Nos Estados Unidos, uma empresa especializada em processos referentes à defesa do consumidor e interesses públicos, a Lexington Law Group, de San Francisco, está entrando na Justiça para requerer compensações porque crianças e adultos norte-americanos consumiram por um bom tempo balas importadas do México, contendo níveis de chumbo acima do estabelecido na legislação estadual. O que serviu de base para a ação judicial foram o Toxics Law e o Unfair Competition Law, em seu artigo 65. O mais intrigante é que o chumbo nas guloseimas não é adicionado, mas suspeita-se que sua origem seja de uma variedade de fontes. A principal delas é do tamarindo, uma planta usada na produção de balas, como aromatizante, mas que absorve toda a poluição largada pelos automóveis através do ar – inclusive chumbo. As folhas do tamarindo, secas, são usadas na fabricação de balas. A indústria que se cuide, pois não falta rigor no trabalho de defesa do consumidor. Há algum tempo, a mesma entidade que agora está entrando na Justiça contra o fabricante mexicano já forçou um fabricante de madeiras para estruturas de playground a parar de usar um produto à base de arsênico, empregado para tratamento da madeira.