Rio usou madeira amazônica ilegal em obra, segundo Greenpeace
2004-07-22
Manifestantes do Greenpeace fecharam simbolicamente o deque da Lagoa para protestar contra a utilização de madeira da amazônia na obra que segundo eles teria origem criminosa. De acordo com os dados apurados pela organização junto ao Ibama, os planos de manejo florestal sustentável de pelo menos uma das empresa que fornecem madeira para a obra foram suspensas pelo órgão ambiental, devido a uma série de irregularidades.
Para fazer a acusação, o Greenpeace se baseou em uma Autorização de Transporte de Produto Florestal (ATPF) enviada por fax pela Dratec Engenharia Ltda, empresa que venceu a licitação pública da prefeitura do Rio de Janeiro para executar a obra. A ATPF (sob número 6485431) indica a Madeireira Urubu, localizada em Rondom do Pará (PA) (1), como fornecedora de 9 metros cúbicos de maçaranduba, uma espécie amazônica, para a distribuidora Mademar Rio Madeiras Ltda. Esta, por sua vez, revendeu a madeira à Dratec Engenharia. — Ligamos para a Secretaria de Meio Ambiente, responsável pelo projeto, a fim de saber a origem da madeira utilizada, e fomos orientados a entrar em contato com a Dratec Engenharia. Ficou claro que a prefeitura desconhece a origem da madeira que consome em suas obras públicas. Assim, acaba contribuindo, mesmo sem saber, para a destruição ilegal da Amazônia —, afirmou o coordenador político do programa Cidade Amiga da Amazônia, Gustavo Vieira, do Greenpeace. (O Globo on line, 21/07)