Holanda poderá contemplar lixo da Mina do Iruí em créditos de carbono
2004-07-21
O secretário de Energia do Rio Grande do Sul, Valdir Andres, apresentou na segunda-feira (19/07) ao governo da Holanda um projeto para aproveitar a Mina do Iruí, na região sul de Cachoeira do Sul. A proposta é depositar lixo nas crateras que ficaram depois da exploração do carvão e agregar valor com a reciclagem e a geração de energia elétrica.
A meta é trazer para Cachoeira do Sul o lixo produzido em várias cidades gaúchas, colocar o material orgânico no local onde foi extraído o carvão e separar o lixo reciclável. O lixo orgânico produz gás metano, que será usado para colocar em funcionamento uma usina termelétrica que não polui o meio ambiente. O objetivo do secretário Valdir Andres é incluir o projeto, que também contempla a cidade de Minas do Leão, na política de créditos de carbono do Governo holandês.
O crédito de carbono funciona como uma moeda de troca criada no Protocolo de Quioto, de 1997, determinando que quem polui o meio ambiente deve investir em ações compensatórias. — A Holanda possui 400 milhões de euros (R$ 1,48 bilhão) para investir em créditos de carbono, destaca o secretário Valdir Andres, que foi recebido em Amsterdã pelo diretor para Assuntos Internacionais e Meio Ambiente da Holanda, C. M. Zwartepoorte. (Jornal do Povo, 20/07)