Com a intenção de fiscalizar o consumo e transporte de carvão vegetal no Estado de Minas Gerais, o Instituto Estadual de Florestas (IEF), iniciou, em outubro de 2003, a Operação Carga Pesada. Desde então, em 229 dias de fiscalização (período de 23 de outubro de 2003 a 31 de dezembro de 2003 e de 9 de fevereiro a 30 de junho de 2004), foram fiscalizados 82.420 caminhões e apreendidos 5.710.800 metros de carvão. Após a apreensão das cargas pelo IEF são lavrados autos de infração e boletins de ocorrência. A carga é encaminhada para o delegado de polícia e, em seguida, os processos são enviados para a Promotoria Pública que orientará quanto às medidas legais cabíveis.
A Operação Carga Pesada envolve 80 dos técnicos do IEF e 147 policiais ambientais. Em 2003 e 2004 foram aplicados R$ 3,8 milhões pelo IEF, sendo que R$ 1,3 milhão na Polícia Ambiental. O restante foi contabilizado em gastos com a logística da operação. A operação está sendo realizada em todo o Estado pelos 13 Escritórios Regionais do IEF em conjunto com a Polícia Militar de Meio Ambiente em dois grandes pontos estratégicos:
1) na região de concentração das indústrias siderúrgicas que abrange cinco pontos principais - Angueretá (em Sete Lagoas), trevão de Curvelo, Martinho Campos, trevo de Divinópolis, Campos Altos e Cordisburgo;
2) regiões de fronteira que abrange 14 municípios: Capetinga (divisa de São Paulo), Porto Alencastrom (Mato Grosso do Sul); Chaveslândia, Ipiaçu, Quincas Mariano, Estelita Campos, Florestina, Paracatu, Unaí e Cabeceira da Mata (Goiás), Chapada Gaúcha, Montalvânia, Espinosa e Divisa Alegre (Bahia).
Todos os municípios foram definidos com o objetivo de coibir o transporte e o consumo de produtos e subprodutos florestais originados de florestas nativas do Estado de Minas Gerais, acobertados ilegalmente com documentos ambientais e fiscais de outros estados da federação, entre eles Bahia e Goiás.