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2004-07-19
Enquanto em Guarujá a Polícia Ambiental inicia este mês a construção de um imóvel a um custo estimado de R$ 1 milhão 500 mil — que abrigará a sede do 3º Batalhão e a Diretoria Regional do Departamento Estadual de Proteção aos Recursos Naturais (DEPRN) —, a 1ª Companhia da corporação, responsável pela fiscalização de seis cidades no Litoral Sul, sofre com a falta de estrutura para operações em mar aberto. A ausência de uma fiscalização efetiva nas praias da região representa um sério problema para pescadores artesanais, que diariamente apresentam queixas à 1ª Companhia da Polícia Ambiental, localizada em Peruíbe. No último dia 24, uma operação mostrou a carência da unidade. Por volta das 10 horas, várias parelhas podiam ser avistadas da própria companhia. Diante das reclamações dos pescadores, o comandante da unidade, tenente Ornelas, decidiu realizar uma fiscalização, apesar de ser feriado municipal. A equipe de A Tribuna também foi acionada pelos pescadores, chegando à unidade por volta das 14 horas. O primeiro impacto foi verificar que não havia embarcação disponível para a operação. Os barcos viriam com uma equipe especializada, que fica em Guarujá.

Demora

Devido à distância entre os dois municípios — o trajeto leva cerca de duas horas —, o reforço só chegou em Peruíbe às 16 horas, em caminhonetes com engate para transportar barcos. Ao contrário do que era esperado pelo tenente Ornelas, o grupo não trazia nenhuma embarcação. Além disso, um dos engates estava com o pneu arriado e, como não havia estepe, o tenente precisou utilizar uma roda do seu veículo particular. Solucionado esse problema, as caminhonetes saíram em busca de duas embarcações para a ação em mar aberto. O Corpo de Bombeiros emprestou um bote e a Prefeitura Municipal um pequeno barco utilizado para a limpeza de mangues. O desafio seguinte foi colocar as embarcações na água. Embora a sede da 1ª Companhia esteja localizada ao lado do Rio Preto, perto do ponto de saída para o mar, a rampa de acesso existente está parcialmente destruída. Mais leve, o bote foi carregado para a água. Já o barco maior precisou ser transportado para outro ponto do rio, onde há uma rampa inteira. Às 16h50, as duas embarcações estavam no rio. Mas, não havia tempo para preparar os equipamentos devidamente e o motor do bote falhou diversas vezes, dificultando a saída para o mar. Depois de algum tempo, a equipe alcançou alguns barcos pesqueiros, chegando a confirmar irregularidades. Porém, como já estava escurecendo, não foi possível realizar apreensões. Urgência Esses fatos resumem a necessidade de um investimento urgente na unidade, que além de cobrir diretamente as cidades de Peruíbe, Itariri e Pedro de Toledo, é responsável ainda por Itanhaém, Mongaguá e Praia Grande. Isso porque a 2ª Companhia, que cobre esses três municípios, também é comandada por Ornelas. O efetivo das duas unidades, de 44 homens, é visivelmente insuficiente para a área atendida. Somado a isso, as companhias contam apenas com barcos para rio, dependendo de equipamentos emprestados por outras corporações para poder agir em alto-mar. (A Tribuna Digital, 19/07)

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