Souza Cruz quer certificar floresta
2004-07-19
Toda a lenha que serve para aquecer as caldeiras das unidades da Souza Cruz, em Santa Cruz do Sul e Cachoeirinha, deverá estar certificada dentro de um mês com o Selo Verde, marca internacional que garante qualidade do produto. A empresa obtém, anualmente, cerca de 50 mil metros cúbicos de lenha de uma área de 1.649 hectares de florestas de eucalipto na Fazenda Boa Vista, interior de Pantano Grande.
A propriedade é uma das maiores da região, com mais de 3 mil hectares, destinados também a pecuária de corte e cultivo de citros. A Souza Cruz está buscando a certificação de suas florestas Imaflora. De acordo com o gerente florestal da empresa, Fernando da Silva Rosa, o Selo Verde é atualmente a principal certificação mundial de que a lenha é ecologicamente correta, seguindo os mais rigorosos padrões de qualidade, desde o preparo do solo até o transporte da lenha das florestas para as unidades de consumo, explicou.
O resultado está previsto para o próximo mês. O cultivo de eucalipto é a principal atividade da Boa Vista. De 53% da área total da fazenda, saem, anualmente, 30 mil metros cúbicos para as caldeiras da unidade de processamento de fumo em folhas em Santa Cruz, e outros 20 mil metros cúbicos para a indústria de cigarros em Cachoeirinha.
A empresa alcançou a auto-suficiência em lenha em 1994 graças à produção em Pântano Grande. A área de reflorestamento está dividida em 11 lotes, que são cortados de sete em sete anos. O plantio com cultivo mínimo e adubação na linha com escarificador, aliado a roçadas regulares, asseguram a preservação do solo e resultam numa produtividade média anual de 64 metros cúbicos de lenha por hectare. Segundo Fernando Silva Rosa, a empresa quer ampliar em mais de 100 ha a área de reflorestamento, transportando diariamente 300 metros cúbicos. (CP, 18/07)