Gerdau concluirá projeto para carvoarias em 18 meses
gerdau
2004-07-19
O Grupo Gerdau preferiu nao indicar ninguém para conceder entrevista sobre a denúncia do Ministério Público a respeito de trabalho escravo em carvoarias na Amazônia, publicada na edicao da Observatório Social em Revista, e enviou um texto por intermédio da assessoria de comunicacao. A íntegra da nota é a seguinte:
— O Grupo Gerdau assumiu a administracao da Margusa em janeiro deste ano, um negócio que já possuía contratos de longo prazo estabelecidos para o fornecimento terceirizado de carvao vegetal, insumo para a producao de ferro-gusa. Ressalta ainda que a acusacao de violacao dos direitos trabalhistas foi feita para uma empresa prestadora de servicos, o que nao quer dizer que o Grupo Gerdau nao se sinta responsável pelo problema, apesar das relacoes de trabalho terem sido estabelecidas antes da sua atuacao na Margusa. Para o Grupo Gerdau, o caminho mais fácil para resolver a situacao seria a interrupcao dos contratos. Entretanto, a decisao resultaria na paralisacao temporária da usina e na demissao dos funcionários da Margusa e dos prestadores de servicos que trabalham na regiao, ampliando a situacao de precariedade social. Diante dessa realidade, o Grupo Gerdau está mudando as práticas de prestacao de servicos e conscientizando as empresas fornecedoras sobre a importância do respeito aos direitos trabalhistas e à dignidade humana. É um caminho longo e trabalhoso, cujos resultados nao sao instantâneos, mas o Grupo Gerdau acredita que somente desta forma será possível transformar a realidade local. Este projeto deverá ser concluído no máximo em 18 meses.(Observatório Social em Revista / junho 2004)