A Polícia Federal apreendeu 600 quilos de minério na zona rural do Amapá. A suspeita é de que as rochas sejam um composto de urânio e tantalita. Após a apreensão, na sexta-feira, a PF enviou parte do material para a Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial (Nutec), em Fortaleza, e para o Instituto de Rádio-Proteção e Dosimetria no Rio de Janeiro, para análise química. Segundo garimpeiros ouvidos pela PF na região onde o material foi apreendido, os minerais que estão sendo traficados —têm altíssima densidade—. Seriam vendidos por R$ 1.400 o quilo, em São Paulo. Os proprietários do material apreendido conseguiram fugir do cerco dos agentes da Delegacia de Repressão aos Crimes contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico e se esconderam na Floresta Amazônica.

A apreensão do minério suspeito aconteceu nos municípios de Pedra Branca do Amapari e Porto Grande, no Amapá. O material apresentava textura granulada e estava acondicionado em sacos plásticos, pronto para venda. Era transportado em um caminhão. A tantalita é utilizada para a fabricação de aviões e o urânio - que ser processado de várias formas - é utilizado na produção de energia nuclear. Só a análise final dos laboratórios poderá identificar se é uma substância ou outra, ou uma mistura das duas. A Polícia Federal ainda desconhece o destino da carga apreendida. Segundo fontes da PF, há fortes interesses de estrangeiros no Amapá, por concentrar minas de materiais radioativos e vários outros metais utilizados nas indústrias de computadores e de aviação civil. (JB on line, 16/07)