Está proibido o fogo no Mato Grosso. A decisão determina a proibição de 15 de julho até 15 de setembro próximo. A Portaria, assinada pela Gerência Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) em Mato Grosso, foi feita em conjunto com a Secretaria Especial do Meio Ambiente de MT e a Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEMA), em março último.
A legislação estabelece a proibição de queima controlada em todo o estado. A exceção desta proibição é queima de canaviais e para controle fito-sanitário, desde que autorizadas e em horários especiais, determinadas pelo órgão ambiental.
O Ibama está centralizando, no estado, todos os pedidos de queima. Além disso, em conjunto com as ações previstas no Plano de Combate ao Desmatamento, estará intensificando a fiscalização com o apoio das imagens do satélite.

Ibama em Alta Floresta
O Plano de Combate ao Desmatamento estará, na próxima semana, colocando para funcionar mais uma Base Operativa. Será em Alta Floresta, no norte do Mato Grosso. Os agentes de fiscalização do Ibama (composto por 16 técnicos), em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (06 agentes) e a Polícia Federal (06 agentes), estarão atuando a partir das imagens de desmatamento e focos de incêndios, informadas por satélite, numa área de cerca de 500 quilômetros quadrados, envolvendo os municípios de Colider, Carlinda, Novo Mundo, Monte Verde, Paranaita, Nova Canaã do Norte e Nova Guarita. Essa região corresponde a 50% do desmatamento e fogo da Amazônia.
A Base em Alta Floresta foi definida em função do cruzamento de vários dados levantados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e pelo Ibama, cruzando informações de taxas de desmatamento, quantidade de focos de fogo, IDH e outros levantamentos feitos por equipes de campo. A partir do levantamento feito pelo Centro de Monitoramento Ambiental (CEMAM) do Ibama, com dados de 2003, e com informações fornecidas pelo INPE/DETER, com imagens atualizadas diariamente, que possibilitam o acompanhamento da dinâmica atual do desmatamento, as equipes de fiscalização do IBAMA estarão, a partir da próxima semana, fiscalizando e autuando.
A região convive com uma intensa exploração de produtos florestais, tais como extração ilegal de madeira e tráfico de animais silvestres e biopirataria. A maior parte dos animais capturados são aves, répteis e mamíferos. No caso da biopirataria, os técnicos do Ibama identificaram plantas e aranhas, escorpiões, insetos, anfíbios, répteis e mamíferos para os mais diversos usos em laboratórios, que têm sido sistematicamente levados para fora do País.
Atualmente, o Ibama trabalha em ações de repressão ao tráfico de animais silvestres e biopirataria em conjunto com uma rede de informações de populações locais, Polícia Federal, Agência Brasileira de Inteligência Nacional e secretarias municipais. Os agentes que estarão atuando na nova Base já identificaram alguns pontos de atuação de pessoas envolvidas nos ilícitos ambientais e suas rotas de tráfico. Com a nova Base, serão realizados novos levantamentos. O Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal prevê a instalação de 19 Bases na Amazônia Legal, sendo 09 consideradas prioritárias, entre elas, a de Alta Floresta. (Ibama)