(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2001-08-20
Duas das decisões referendadas por 186 países, na recente Conferência sobre Mudança do Clima, realizada em Bonn, na Alemanha, afetam projetos na região da Amazônia e a relação socioeconômica que a população local mantém com o meio que o cerca. Uma delas prevê a criação de um fundo para avaliar mudanças climáticas, que prevê o apoio a projetos na área energética, reflorestamento e desenvolvimento sustentável e receberá dos governos da Comunidade Européia, Nova Zelândia, Canadá e Japão US$ 420 milhões a partir de 2005. Somando-se esse dinheiro a outras fontes de recursos já existentes, o volume total supera US$ 1 bilhão. Um dos objetivos da criação desses fundos é permitir que os países em desenvolvimento busquem o aprimoramento tecnológico, alcançando o nível dos países industrializados, mas preservando o meio ambiente. Outro ponto decidido em Bonn foi a inclusão das florestas tropicais, sumidouros naturais de gás carbônico, nas negociações de redução da emissão de gases que causam o efeito estufa. Ficou estabelecido que, entre 2008 e 2012, os países industrializados precisarão atingir as metas impostas de redução de 5% por ano na emissão de gás carbônico, em relação ao nível de 1990. Nesse contexto, segundo Divaldo Rezende, presidente do Instituto Ecológica, que realiza pesquisas sobre o seqüestro de carbono na Ilha do Bananal e participou da Conferência, o fato de as principais florestas tropicais estarem no Brasil é moeda de troca para a aplicação desses recursos. Projetos como o da Ilha do Bananal, no Tocantins, já foram capazes de identificar a capacidade da região, que reúne os ecossistemas da Amazônia, do Cerrado e do Pantanal, de absorver 1 milhão de toneladas desse gás por ano. Em compensação, o Japão produz 13 milhões em igual período e é responsável por 8% das emissões mundiais. Por sua vez, o Protocolo de Kyoto teve como uma de suas inovações permitir trabalhar cada região em contexto global e isso possibilita que as emissões de carbono dos países industrializados sejam comercializados e abatidas, pela compra do excedente dos países em desenvolvimento. Rezende defende que as áreas de sumidouro são grandes possibilidades para o Brasil, que possui muitas áreas ociosas ou para reflorestamento, e é dono da metodologia para esses processos, com três projetos de destaque no Paraná, Mato Grosso e Tocantins. - Outros países iniciaram processo de preservação antes, mas o Brasil soube recuperar-se e busca soluções não apenas no contexto florestal, contou. Ele alerta que, apesar da possibilidade do mercado ambiental movimentar, em todo o mundo, mais de US$ 20 bilhões por ano, a partir de 2005 o clima no Tocantins sofrerá os efeitos dos desmatamentos irregulares, queimadas e destruição das matas ciliares, além dos efeitos das mudanças globais. Sua imensa área de divisa é um obstáculo que precisa ser considerado, assim como lidar com o próprio crescimento, que inclui a produção agrícola. Rezende condena a visão imediatista dos produtores rurais. - Diminuir a área de preservação no Tocantins é matar a galinha dos ovos de ouro. A região é dona de uma riqueza fitoterápica desconhecida e enorme biodiversidade, além dos recursos hídricos que serão o produto mais caro no contexto mundial. Comprometer esses recursos pode significar comprometer o futuro do Estado, diz Rezende. O desmatamento é responsável por mais de 70% das emissões de gás carbônico no Brasil. O próximo passo para a ratificação da convenção será dado na reunião prevista para outubro, em Marrakesh, no Marrocos, quando o texto receberá sua forma definitiva. A entrada em vigor do Protocolo de Kyoto será em setembro de 2002. Os Estados Unidos, maiores emissores do mundo dos gases apontados como causadores do efeito estufa e responsáveis por 30% da emissão mundial de gás carbônico, comprometeram-se a apresentar uma proposta alternativa nessa oportunidade. Na análise de Rezende, a posição norte-americana defende o interesse de parte da economia, mas é contrária à posição da maioria do empresariado, responsável por iniciativas internas. (amazônia.org)

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -