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2004-07-14
Com o surgimento da sigatoka negra nos bananais do Vale do Ribeira, antigos produtores da fruta estão buscando alternativas de plantio. Surpreendidos com a propagação da doença, os bananicultores — responsáveis pela geração de 85% da renda na região — estão dispostos a migrar para outras culturas como a do palmito, que já vem sendo testada há três anos em Miracatu. Nesse município, onde foi confirmado o primeiro foco do fungo, a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente já contava, desde 2001, com o Programa de Diversificação de Culturas. E foi exatamente em função desse projeto que a cidade conseguiu identificar o problema, até então distante. —Havíamos introduzido bananas resistentes à sigatoka amarela, que é menos destrutiva. Mesmo assim, recebemos queixas de produtores. Após uma análise em laboratório, confirmamos, no início de junho, o pior: a versão negra havia chegado—, resume o secretário da pasta, Evaristo de Castro.

A confirmação oficial só veio no final de junho. Porém, as autoridades municipais não esperaram sentadas. —Circulamos pelas cidades da região em busca de novos focos, pois sabíamos que a doença lança esporos a uma distância de 4 quilômetros e compromete a área num raio de 70 quilômetros—, disse Castro. Ele afirma que sua família está no ramo da bananicultura desde quando os avós chegaram da Alemanha. Apesar dessa forte ligação com o cultivo da fruta e de ter nascido em Miracatu, Castro não vê outro caminho para a região a não ser a busca de outras fontes de renda. Dentre as possibilidades, ele aponta frutas de maior valor comercial como a Lichia, típica do período natalino e que chega a ser vendida por R$ 14,00 o quilo (a banana custa, em média, R$ 7,00 a caixa com 20 quilos).

Palmito

Outra opção barata em que Miracatu está apostando é o chamado palmito híbrido, que mistura a espécie açaí com a nativa juçara. —Desde o surgimento da doença em Manaus, iniciamos testes com essa cultura e hoje já temos aproximadamente 500 mil pés de palmácias, o que deverá salvar alguns produtores—. Para ingressar no ramo, Castro sugere um investimento de R$ 12 mil no palmito tipo pupunha, mais caro, porém mais rentável. —O ideal seria um empréstimo com três anos de carência, para garantir um retorno seguro. Esperamos que o Governo do Estado esteja sensível ao problema, o suficiente para abrir uma linha de crédito nestas condições—. De acordo com o secretário, Miracatu dispõe de um caminhão e de uma patrulha mecanizada com três tratores, cedidos pelo Governo Federal via Pronaf. —Os equipamentos estão à disposição dos produtores interessados em renovar as plantações. A preço de manutenção, os veículos podem ser utilizados para preparar a terra e transportar mudas e produtos—. Além de apostar na ampliação das áreas de plantio com culturas alternativas, Castro acredita que continuará existindo espaço para a banana, mas dentro de um novo paradigma. Na sua opinião, a bananicultura passará a um estágio mais técnico, o que aumentará os custos, dificultando a sustentação do pequeno produtor. —Poucos poderão assumir os custos de fungicidas contra a sigatoka negra ou de implementação de frutas tolerantes à doença—.

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