GOVERNO DO REINO UNIDO ANUNCIA REVISÃO EM SUA POLÍTICA DE ENERGIA
emissões de co2
2001-08-20
O governo do Reino Unido anunciou que fará uma revisão em sua política de energia projetada para o horizonte de até 2050 com o objetivo de atingir metas relativas ao aquecimento global. O primeiro-ministro Tony Blair anunciou que a revisão já está, na realidade, sendo conduzida pela corrente governamental Unidade de Performance e Inovação (PIU) desde 25 de junho último. Blair que a revisão visa a desenvolver estratégias de política energética que assegurem compromissos políticos consistentes com as políticas de longo prazo na área energética. A revisão foi determinada por fatores como risco de mudança climática, seguridade e diversidade de reservas energéticas e conflitos potenciais entre as políticas energéticas atuais e a questão dos custos. De acordo com integrantes do PIU, se as atuais políticas energéticas do Reino Unido se mantiverem, s emissões de CO2 provavelmente aumentarão à taxa de 0,01% a 0,03% ao ano até 2050. Isso é indesejável, pois o Reino Unido precisa cortar as emissões desse gás em 60% até esse ano. Uma outra preocupação do grupo é a necessidade de encontrar substituto para a energia nuclear, que atualmente provê 25% das necessidades energéticas nacionais, mas que deverá ser desativada aos poucos. É provável que, com a redução do uso de carvão, o Reino Unido aumente as importações de petróleo a partir de 2004. Isto ocorrerá porque as iniciativas para promover o uso de energias renováveis em maior escala não serão suficientes para dar conta da demanda energética, pelo menos em curto prazo. O regime regulatório para a privatização das usinas de energia está, até agora, focado num regime de controle de preços que visa à promoção de custo-eficiência, mas esse regime está em conflito com as metas de preservação ambiental. O governo também está questionando até que ponto esse regime permite ao país prevenir-se de blecautes. O PIU considera que o impacto das chamadas taxas verdes sobre os preços dos combustíveis deve ser considerado na nova política, especialmente no que se refere ao petróleo utilizado por motoristas.