Os países que participam da próxima conferência da CIB (Comissão Internacional da Baleia) devem aprovar a extensão da moratória à caça deste mamífero aquático, acredita um grupo que representa os baleeiros. — As nações anti-caça simplesmente não querem suspender a moratória e elas têm votos suficientes para bloquear a suspensão, disse em comunicado a Alta Aliança do Norte, grupo que representa comunidades de caçadores de baleias do Canadá, Islândia, Noruega e Groelândia. Criada em 1945 para regulamentar a caça dos cetáceos, a CIB é hoje o único fórum reconhecido pelas Nações Unidas que delibera sobre questões conservacionistas. A moratória à caça foi estabelecida desde 1986 para proteger estes animais da extinção. O argumento dos grupos pró-caça, entretanto, é que algumas espécies já são abundantes e que os métodos de caça são humanos. A carne das baleias representa uma fonte de renda e de alimento para algumas comunidades costeiras. No documento divulgado, a Alta Aliança do Norte refuta o argumento de que há meios não-letais de explorar as baleias, como o turismo de observação, já praticado em países como Brasil e Estados Unidos. — Acreditamos que a alegada lucratividade do turismo de observação das baleias está inflacionada muitas vezes, diz o documento. A conferência da CIB acontece entre os dias 19 e 22 de julho em Sorrento, na Itália. Na ocasião, Brasil, Argentina e África do Sul devem propor a criação de um santuário de baleias no Atlântico Sul, onde estes mamíferos ficariam protegidos da caça. (Reuters, FSP 13/07)