Parte de uma mina de urânio localizada no Congo, na África, desabou na sexta-feira (09/07), matando pelo menos oito trabalhadores que atuavam de forma ilegal, conforme informações de autoridades locais liberadas apenas ontem (12/07). O desabamento ocorreu na mina de Shinkolobwe, uma mineração aberta através de túneis. A notícia demorou a chegar à capital do país por causa de problemas com as comunicações e as estradas no Congo. O ministro das Minas, Diomi Ndongala, informou que oito mineiros morreram. Contudo, trabalhadores locais revelaram que nove corpos haviam sido encontrados. Ndongala negou que houvesse reclamações e reivindicações de mineiros. Cerca de 30 deles permaneciam até ontem presos no interior da mina. — Não, os outros salvaram-se em tempo, disse Ndongala. A mina de Shinkolobwe estava oficialmente fechada há décadas, e seu principal veio estava inclusive selado. O presidente do Congo, Joseph Kabila, ordenou bem cedo, nesta segunda-feira (12/07), o fechamento da zona ao redor da mina, face às crescentes preocupações de que material nuclear irregular pudesse cair nas mãos de grupos terroristas. Contudo, milhares de mineiros continuam a trabalhar ilegalmente nos túneis da mina, a maioria em busca de cobalto, também encontrado naquela região. Seis mineiros clandestinos deixaram a área logo depois do colapso, na sexta-feira (09/07). O prefeito da cidade próxima, Kipushi, Petwe Kapande, confirmou que os trabalhadores recuperaram nove corpos ontem. (CNN 12/07)