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2004-07-09
A enorme tempestade solar que atingiu a Terra no segundo semestre do ano passado continuou quase até o limite do sistema solar, causando perturbações em outros planetas e outros efeitos surpreendentes, disseram cientistas quinta-feira (08/07). Em um período de 20 dias de outubro a novembro de 2003, mais de uma dúzia de tempestades, incluindo a mais poderosa já medida, irromperam do Sol, enviando ondas em todas as direções. Devido a uma frota de satélites dispersa pelo espaço profundo, os cientistas disseram que agora contam com o melhor quadro já obtido de como as ondas de choque destas tempestades reverberam pelo sistema solar, provocando perturbações a bilhões de quilômetros de distância. — Todas as explosões se combinaram e lançaram uma enorme onda por todo o sistema solar, disse o dr. Eric Christian, da divisão de física solar da Nasa, durante uma teleconferência com repórteres na quinta. As erupções solares foram tão poderosas que bilhões de toneladas de gás eletrificado foram lançados no espaço a até 8 milhões de quilômetros por hora, as mais rápidas já medida do Sol, disseram os cientistas. As ondas de uma série de explosões se uniram à medida que avançavam, criando uma frente que agora está chegando aos limites do sistema solar, a cerca de 2,4 milhões de quilômetros por hora, eles disseram. — Você tem um acúmulo e consolidação à medida que se move para fora do sistema solar, disse o dr. Edward Stone, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa em Pasadena, Califórnia. As tempestades provocaram danos mínimos na Terra, em parte porque algumas das ondas mais poderosas não vieram diretamente na direção de nosso planeta. A magnetosfera protetora do planeta prendeu as partículas das ejeções de massa solar, criando um show de auroras boreais tão proeminentes que puderam ser vistas no Sul dos Estados Unidos. As tempestades provocaram alteração do curso de aeronaves com rotas polares, pequenas interrupções em algumas operações de satélite e os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional tiveram que se abrigar temporariamente em partes mais protegidas da estação orbital. Mas o efeito cascata da onda continuou além de Marte até os planetas exteriores, disseram os cientistas. Uma onda danificou o monitor de radiação a bordo da espaçonave Odyssey, que está orbitando Marte. Mas a nave foi capaz de registrar como a onda se estendeu e rasgou a fina atmosfera que cerca o planeta, carregando parte dela para o espaço. — Partes substanciais da atmosfera superior escaparam para o espaço, disse o dr. Thomas Zurbuchen, da Universidade de Michigan, em Ann Arbor. Este processo poderia explicar em parte como Marte perdeu tanto de sua atmosfera e água ao longo de 3,5 bilhão de anos, disse ele. Evidências obtidas pelas sondas em Marte e fotos tiradas de órbita indicam que o planeta já teve abundância de água, disse Zurbuchen. Ataques repetidos de tempestades espaciais como esta podem ter lentamente extraído água que evaporou para a atmosfera, disse ele. Stone disse que à medida que a última onda avançava, ela perturbou o campo magnético ao redor de Júpiter e provocou uma semana de rajadas de emissões de rádio que foram captadas pela espaçonave Ulysses. A frente causou um evento semelhante quando chegou a Saturno, que foi detectado pela espaçonave Cassini enquanto se aproximava do planeta. Em abril passado, a onda foi detectada pela espaçonave Voyager 2, que está a 11 bilhões de quilômetros do Sol. A onda deve atingir a Voyager 1, que está a mais de 14 bilhões de quilômetros de distância, no final deste mês, disse ele. No final deste ano ou no começo do próximo, a onda deve atingir o limite do sistema solar, uma fronteira que se encontra a cerca de 5 bilhões de quilômetros além da Voyager 1. Esta fronteira, chamada heliosfera, é onde termina o efeito da radiação solar e começa o espaço interestelar. Stone disse que os físicos espaciais esperam que a onda amplie temporariamente a fronteira da heliosfera em cerca de 650 milhões de quilômetros quando a atingir, com tal limite retornando à sua posição normal em um ano ou dois. Os efeitos mais distantes destas erupções solares não apenas indicam que necessitam de mais estudos, disseram os cientistas, mas também que mais trabalho é necessário para prevê-las e para proteger a Terra e os astronautas que se aventurarem no espaço de seus efeitos adversos. (BBC 08/07)

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