Ambientalistas contestam projeto da ETE na zona Sul da capital
2004-07-12
A prefeitura de Porto Alegre, por meio da Secretaria Extraordinária de Captação de Recursos e Cooperação Internacional (Secar), ainda busca a aprovação do BID para receber o recurso restante para viabilizar o Socioambiental. O DMAE garante que não haverá impedimentos para liberação do financiamento por parte do BID. — Temos (a prefeitura) um excelente relacionamento com o banco, já de outros projetos, diz Damiami ao citar a III Perimetral e o Programa Integrado Entrada da Cidade, que prevê a urbanização das favelas na entrada da capital. O Socioambiental conta com licenciamento prévio da Fepam e com, segundo o DMAE, apoio da comunidade local. No entanto, o Socioambiental já foi alvo de diversas manifestações contrárias dos moradores da zona sul. A Agapan, ONG ambientalista, atuante em Porto Alegre, contesta a construção da ETE. Um estudo elaborado por ela questiona diversos pontos do EIA-Rima, como o volume de esgotos tratados, que poderia tornar-se um problema para os moradores, a maioria de classe média alta e para o meio ambiente, uma vez que a ETE estará muito próxima do lago Guaíba. O projeto ainda determina a retirada de 1600 famílias pobres que moram em locais de risco próximos ao local onde será construída a ETE.