Mesmo sendo invisível, poluição do espectro eletromagnético é preocupante, diz engenheira química
2004-07-09
Em artigo publicado no Jornal do Comércio de quarta-feira (07/07), a Engenheira Química e de Alimentos Karla Leal Cozza, membro do grupo de Valoração Ambiental da Furg, alerta para uma espécie de poluição que não vemos nem sentimos suas conseqüências. Ela refere-se a poluição através de microondas e ondas com freqüências de 144 MHz e 148 MHz – resultado da tecnologia das comunicações, que afetam o espectro solar e os radioamadores. Desde 2003, está sendo detectada, nas freqüencias citadas, uma poluição causada pelo telefone sem fio de longo alcance – que atinge 100Km. No comércio já existem vários modelos. Esses aparelhos não possuem o certificado de homologação expedido pela Anatel, por isso são ilegais. Provoca um tipo de poluição preocupante, pois estes equipamentos podem interferir em um tipo de freqüência que é destinada ao Serviço Móvel Aeronáutico. Assim, o perigo desta poluição é catastrófico, pois a utilização de um telefone desses a 50 km de um aeroporto irá interferir no contato entre piloto e a torre de comando, na hora de maior risco, que é a aproximação para aterrissagem. A Federação Sul Riograndense (Fabre-RS) tem sinalizado fortemente às autoridades responsáveis em defesa de uma atmosfera menos poluída por freqüências, mas a desobediência e o mercado de consumo ainda põem em risco a vida de milhares de pessoas diariamente. (JC, Contabilidade, 07/07)