Projeto catarinense vai preservar peixe ameaçado de extinção
2004-07-09
Estudos e diagnósticos sobre o Mero, espécie de peixe típico do litoral brasileiro e ameaçado de extinção, alvo de trabalho desenvolvido na região de São Francisco do Sul, norte de Santa Catarina, pela ONG Vidamar em parceria com a Transpetro (Petrobras Transporte), serão apresentados durante palestra em Curitiba (PR), hoje (09/07). A explanação acontece às 11 horas, no auditório do Centro de Ciências Biológicas (CCB), da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Será apresentado pelo professor-doutor Maurício Hostim, um dos coordenadores do projeto, durante a XVI Semana do Doutorando – Curso Pós-graduação em Zoologia da UFPR, que está acontecendo desde segunda-feira(05/07). O objetivo do projeto é estabelecer uma radiografia da situação existente acerca da população desta espécie que habita as águas marítimas da região Sul do País. Um mapa dos locais de agregações reprodutivas, subsidiado por informações de pescadores e praticantes da pesca subaquática vai revelar a atual situação da espécie na região. O projeto envolve ainda a Universidade do Vale do Itajaí (Univali) e a Empresa de Mergulho Sub-Marine.
O Mero pode viver 40 anos e atinge até dois metros de comprimento, vive em ambientes que podem chegar a 100 metros de profundidade, concentra-se perto da foz de grandes rios e gosta muito de comer lagostas, peixes e polvo. No período reprodutivo, a espécie realiza agregações reprodutivas próximo a recifes, ilhas e costões rochosos, o que justifica o seu título de Senhor das Pedras. Considerado ameaçado de extinção pela União Mundial para a Conservação da Natureza, sua pesca é proibida em diversos pontos do Oceano Atlântico. No Brasil, são protegidos por uma portaria específica por 5 anos, que proíbe desde a sua captura, posse, transporte ou mesmo comercialização deste peixe em território nacional.