Laudos da Cetesb indicaram mercúrio até nas vizinhanças
2004-07-09
Laudos elaborados pela Companhia Tecnológica de Saneamento Básico (Cetesb) com relação à medição da concentração de mercúrio na Apliquim indicaram a existência do metal em doses significativas, em um raio de 600 metros, onde estão localizadas uma escola e a empresa Eucatex. Segundo a Cetesb, a presença de mercúrio no ar foi de 480 nanogramas por metro cúbico. Conforme a Dra. Cecília Zavariz, fiscal do Ministério do Trabalho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aceita até mil nanogramas, mas as entidades brasileiras trabalham com 300 nanogramas. O problema mais grave é a existência de crianças nas vizinhanças da empresa. O mercúrio encontrado na Apliquim é derivado de lâmpadas de mercúrio fluorescentes, que contêm vapor do metal e que são recicladas. Mas não é apenas das lâmpadas a procedência do metal. Ele vem também de grandes quantidades de resíduos que a Apliquim reciclava, das empresas Carbocloro, localizada no município de Cubatão, e da Solvay, localizada na região do Grande ABC.