Recicladora é interditada por problemas com mercúrio
2004-07-09
Criada em 1985 para oferecer soluções para problemas de resíduos sólidos, a empresa Apliquim Equipamentos e Produtos Químicos, com sede em Campinas (SP), vinha, ao longo da última década, realizando um trabalho em que foi pioneira no Brasil: a reciclagem de lâmpadas de mercúrio. No entanto, desde 1996, a empresa vinha sendo monitorada mais de perto pela fiscalização do Ministério do Trabalho, pois nesta época foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta entre a Apliquim e o Ministério Público para que a empresa realizasse melhorias ambientais. Mas desde o início deste ano a fiscalização do Ministério do Trabalho foi mais rigorosa e passou a agir dentro das exigências do Programa Nacional para Eliminação do Mercúrio. Este programa, coordenado pela auditora fiscal da DRT de São Paulo Dra. Cecília Zavariz, tem por objetivo vistoriar as empresas em todo o Brasil que usam o mercúrio em suas atividades e disciplinar a emissão deste metal tóxico. O mercúrio, metal volátil mesmo a temperaturas ambiente, é cancerígeno e provoca diversos outros danos à saúde humana. A Apliquim foi submetida à avaliação pelo Programa Nacional de Eliminação do Mercúrio em 12 de fevereiro deste ano, quando foram observadas várias irregularidades e determinada a correção delas. Uma segunda inspeção foi realizada em 30 de junho último, a fim de verificarrem-se os níveis de mercúrio no ambiente de trabalho. E em 1º de julho, devido aos resultados das medições e dos exames de saúde ocupacional feitos em relação aos trabalhadores, a DRT interditou a empresa, que teve os equipamentos lacrados devido aos riscos do mercúrio.