A Usina de Belo Monte, no Pará, que vem gerando muita polêmica desde o início de sua idealização, poderá finalmente sair do papel. Governo, parlamentares, empresários e representantes da sociedade civil estão discutindo o projeto de acordo com parâmetros técnicos de forma a viabilizar o empreendimento com o menor impacto ambiental possível. De acordo com Fernando Ferro, relator da proposta do novo modelo do setor elétrico do governo na Câmara dos Deputados, a usina deve ser construída, mas desde que seja redimensionada para causar o menor impacto ambiental possível. Necessária para o fornecimento de energia para as regiões Norte e Nordeste, Belo Monte, segundo Fernando Ferro, é um projeto iniciado numa época em que não havia tantas exigências ambientais quanto hoje. O empreendimento também faz parte de uma lista de obras de infra-estrutura que enfrentaram uma verdadeira queda de braço entre os Ministérios do Meio Ambiente e de Minas e Energia e por conta disso ficaram paralisados mais um tempo no atual governo. — A Usina de Belo Monte precisa ser redimensionada porque no projeto original haveria um impacto ambiental muito grande. Além disso, as restrições ambientais não foram tratadas com a devida atenção. Mas, creio que com esse redimensionamento o projeto pode tornar-se viável e, eu diria até, muito necessário para as regiões que serão beneficiadas diretamente e para o país, diz.