Passivos ambientais: estudo mostra que seu destino é incerto
2004-07-08
Um estudo que incluiu o acompanhamento mais rigoroso sobre o destino dos resíduos do passivo ambiental de empresas dos setores químico e petroquímico no Rio de Janeiro, na época que se seguiu ao acidente com vazamento de óleo na Baía de Guanabara (RJ), mostra que, embora tenham normas de gestão ambiental implantadas, nem sempre essas empresas tratam adequadamente os seus resíduos e nem sempre estão em conformidade com a legislação ambiental. O trabalho, uma dissertação de mestrado com o título Gestão ambiental na indústria: uma avaliação do comportamento dos setores químico e petroquímico com relação aos passivos ambientais e os problemas causados em torno da Baía de Guanabara, assinada por Ademir Brandão da Silva, pode ser lido nos arquivos eletrônicos da Fundação Oswaldo Cruz, pelo site da Escola Nacional de Saúde Pública, no seguinte endereço: http://portalteses.cict.fiocruz.br/pdf/FIOCRUZ/2001/silvaabm/capa.pdf .O autor toma como base um amplo survey realizado com empresas desses setores localizadas na Baía de Guanabara, tendo em vista os seguintes requisitos: tratamento dos resíduos de processo, cumprimento da legislação ambiental, passivos ambientais, treinamento de pessoal e riscos ambientais. Ele constata que tanto no setor petroquímico quanto no setor químico, são produzidos materiais sólidos e resíduos oleosos, muitas vezes contaminados e de difícil reaproveitamento imediato, mas que não há um endereçamento adequado para esses tipos de resíduos, embora, tecnicamente, haja como fazer isto. Em geral, as indústrias omitem o destino final de seus passivos ambientais.