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2004-07-07
Estudo encomendado pela Companhia de Saneamento do Distrito Federal (Caesb) mostra que a retirada de todo o material depositado no fundo do espelho d’água do Lago Paranoá custaria US$ 164 milhões, cerca de R$ 500 milhões pelo câmbio oficial de ontem. O governo local pretende realizar a recuperação por partes e a prioridade é o braço do Riacho Fundo, que desagua na QL 2 do Lago Sul, o mais prejudicado e cuja recuperação está orçada em R$ 60 milhões. Ao todo, 40 milhões de m³ de detritos foram despejados no lago ao longo dos últimos 40 anos. Um processo que os técnicos chamam de assoreamento. A quantidade equivale a 40 mil caixas d’água de mil litros (padrão residencial). ‘‘A retirada desse material pode ser pontual. O governo vai se concentrar primeiro nos locais mais críticos’’, explica o assessor de modernização da Caesb, Marcelo Texeira. Não há, no entanto, previsão orçamentária neste ano para a recuperação do lago. O governo pretende levantar o dinheiro por meio de empréstimos junto a instituições financeiras internacionais, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

O segundo afluente do Paranoá mais degradado, de acordo com o relatório da Caesb, é o Ribeirão do Bananal, que passa pelo Parque Nacional de Brasília e deságua no final da Asa Norte. Em seguida, vem o Gama Cabeça de Veado, na QL 16 do Lago Sul. Por último, está o Ribeirão do Torto, no Varjão, o menos atingido. Ambientalistas cobram medidas para recuperar as áreas assoreadas e conter o crescimento irregular das cidades. —Mesmo que o custo seja alto, a retirada deve começar. Meu medo é que o processo continue e um oportunista proponha a ocupação de uma área onde antes era lago—, afirma Fernando Fonseca, ex-presidente do Instituto de Ecologia e Meio Ambiente (Iema). Ele cita o caso da Lagoa Rodrigo de Freitas no Rio de Janeiro, onde foi construído o Hipódromo da Gávea e um terço do espelho d’água desapareceu. —Podemos ver bancos de areia com vegetação, onde antes o lago tinha dois metros de profundidade—, lamenta.

A retirada do material do fundo do lago só pode ser feita pelo processo de dragagem. De acordo com os especialistas, é importante, além de dragar, recuperar a vegetação original dos leitos dos riachos e do lago e ordenar a ocupação das terras do DF. —Estudos técnicos apontam que nossas estações de tratamento estão trabalhando com o padrão máximo de eficiência. Novos assentamentos podem prejudicar a qualidade do tratamento—, explica Mônica Veríssimo, doutora em Geologia e presidente da Fundação Sustentabilidade e Desenvolvimento. São duas estações de tratamento de água no DF, onde é feito o controle e a filtragem da água que chega ao lago. Uma das metas é reduzir a quantidade de fósforo do material que é despejado no Paranoá e evitar o que os técnicos chamam de eutrofização (leia quadro ao lado). A substância química pode gerar o aumento da quantidade de algas na superfície do espelho dágua, a morte dos peixes e o mau cheiro na região. Em 1978, houve um surto de algas que ficou conhecido no DF pelo odor.

Para evitar que o processo de degradação continue com a ocupação irregular do solo, o governo discute a elaboração dos Planos Diretores Locais (PDL) para as diversas regiões administrativas e, no geral, elabora o Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT). Com a medida, pretende-se definir as regras, os limites e a direção para onde as cidades podem crescer. Para Mônica Veríssimo, no entanto, o governo está equivocado, porque não integrou as políticas urbanas e ambientais. —A natureza não funciona em caixinhas. Todo o sistema está integrado. A população e os especialistas têm de ser chamados para o debate—, critica. —Os planos obedecem a um cronograma. Primeiro é preciso os vários órgãos do governo se reunirem, depois o debate é aberto para a comunidade—, rebate a secretária de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Ivelise Longhi. (Correio Brasiliense, 07/07)

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