Os quatro principais candidatos às eleições para a Prefeitura de São Paulo, José Serra (PSDB), Paulo Maluf (PP), Marta Suplicy (PT) e Luiza Erundina (PSB), não aderiram ao -Pacto por uma São Paulo Limpa-, promovido pela Justiça Eleitoral. Pelo acordo, que visava apenas a propaganda eleitoral permitida, ficaria proibido qualquer tipo de propaganda eleitoral em postes, viadutos, passarelas e pontes, que são as que mais sujam e causam poluição visual na cidade. Em caso de descumprimento do acordo, a Justiça Eleitoral ficaria autorizada a retirar a propaganda lícita feita nesses locais. O pacto só seria obrigatório se todos os partidos aderissem. Ao contrário do PP e do PSB, PSDB e PT justificaram a não-adesão. Segundo o partido da prefeita Marta Suplicy, o partido —vai contribuir para o desenvolvimento de uma campanha limpa, que preserve a estética urbana, a higiene e evite a poluição visual—.

Já os tucanos disseram que —são procedentes e elogiáveis as preocupações da Justiça Eleitoral de São Paulo— e que o partido —pautará sua campanha eleitoral na conformidade com estes princípios—, mas que —o exercício regular da propaganda não consubstancia direito exclusivo do partido político, mas da coligação de todos os partidos e, em especial, dos candidatos majoritários e vereadores— e que —em razão disso, o partido político não pode abrir mão desse direito que não lhe é exclusivo—. A proposta foi apresentada no dia 30 de junho aos representantes dos partidos políticos. Na ocasião, dos 27 partidos com registro definitivo, 16 compareceram à reunião e 11 assinaram o pacto: PRONA, PHS, PDT, PRP, PV, PL, PT do B, PMN, PRTB, PAN e PCB. Os demais partidos poderiam ter assinado o acordo até 2 de julho. De acordo com a pesquisa Datafolha publicada no último dia 27, Serra tem 30% das intenções de voto, seguido por Paulo Maluf (PP), com 24%, e Marta Suplicy (PT), com 20%. Erundina teve 8%. A pesquisa foi realizada na capital paulista nos dias 24 e 25 de junho. (Folha on line, 07/07)