Escassez de alimentos por falta de chuvas ameaça quenianos
2004-07-07
A escassez de chuvas piorou a seca que o Quênia sofre há três anos e a fome ameaça milhões de pessoas, reconheceu o presidente queniano, Mwai Kibaki, em declarações que publicadas hoje (07/07), pela imprensa local. Em discurso feito ontem no conselho de ministros, Kibaki prometeu fazer tudo o que estiver ao seu alcance para evitar a fome, embora não tenha dado mais detalhes sobre a extensão da crise de alimentos no país. O Quênia conta com 30 milhões de habitantes, dos quais mais da metade sobrevivem com menos de um dólar por dia. As chuvas, que se registram entre março e maio, foram muito poucas este ano, e agravaram a prolongada seca que sofre este país africano. As reservas de milho, principal alimento da população, se reduziram e é necessária ajuda internacional para atenuar a situação, afirmam especialistas. O escritório do Programa Mundial de Alimentos (PMA) da Nações Unidas confirmou que está à espera de um pedido do governo de Kibaki para prestar ajuda alimentícia ao Quênia. O último relatório da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) adverte sobre o perigo de escassez de alimentos em vários países da África devido às prolongadas secas, aos conflitos bélicos e aos efeitos da pandemia da aids. (EFE 07/07)