O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, insinuou nesta terça-feira (06/07) que Israel pode dispor da bomba atômica, enquanto o diretor-geral da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), Mohamed El Baradei, era esperado em Israel. — Não sei o que vem ver ou fazer aqui. Israel é obrigado a ter todos os componentes da força necessária para sua defesa, declarou Sharon à emissora de rádio militar. — A política de ambigüidade sobre o tema nuclear, que é a nossa, provou que funciona e continuará, disse Sharon, sem dar mais detalhes. Israel, cujo arsenal nuclear é estimado em 200 ogivas, segundo especialistas estrangeiros, pratica uma política de ambigüidade sobre o tema nuclear, rechaçando confirmar ou desmentir que possua bomba atômica. Antes da visita de El Baradei, Israel chegou a divulgar, pela primeira vez, fotos de sua planta nuclear no deserto de Negev. As imagens aparecem no novo website da Comissão de Energia Atômica de Israel. Analistas acreditam que existam cerca de 200 ogivas nucleares na planta na cidade de Dimona. Também é divulgado no website informações básicas sobre as atividades nucleares do país, embora há poucos sinais de que Israel irá divulgar maiores detalhes sobre suas atividades nucleares. Ainda em Israel, nesta terça-feira (06/07), dezenas de prisioneiros teriam se rebelado em uma prisão israelense, ferindo pelo menos dois funcionários antes de serem dispersados. Há relatos de que os detentos teriam usado um líquido fervente para atacar os funcionários da nova prisão em Gilboa, que abriga cerca de 800 prisioneiros palestinos. Segundo websites israelenses, um dos feridos seria o comandante da prisão. As estimativas são de que cerca de 6 mil palestinos estejam detidos em Israel. Os prisioneiros fazem, freqüentemente, reclamações de superlotação nas celas.(France Presse, BBC 06/07)