Crise de energia não é tão grave na Argentina
2004-07-06
Um inverno menos rigoroso que o convencional e muitos milhões de pesos têm permitido ao governo argentino enfrentar até agora, sem maiores sobressaltos, a crise energética, embora especialistas advirtam sobre o elevado custo fiscal desta situação. Eles enfatizam que, apesar da ausência de cortes na administração das áreas de gás e eletricidade, não foram dados todos os passos necessários para solucionar a crise estrutural do setor. O governo deverá gastar cerca de 2,1 bilhões de pesos com energia, a maior parte deste valor será destinada a pagamento de combustíveis da Venezuela, Bolívia e eletricidade do Brasil. – Os sintomas da crise desapareceram, mas isto não quer dizer que a Argentina saiu de uma crise energética de características estruturais, afirmou Jorge Lapeña, ex-secretário de Energia, ao relatar um diagnóstico da situação energética para Oscar Dores, da Fundação para o Desenvolvimento Elétrico (Fundelec). O que desencadeou a crise, há alguns meses, foi a falta de 15 milhões de metros cúbicos de gás por dia, diante de um forte crescimento no consumo. Um fator positivo, agora, é que as hidrelétricas já estão operando em melhores condições porque os níveis dos rios estabilizaram-se com as chuvas. (Clarín 06/07)