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2004-07-06
Editorial - Líderes da América Latina praticam um populismo míope
Os altos preços do petróleo e dos metais são uma boa notícia para a América Latina, rica em matérias-primas. No ano passado esse efeito contribuiu para o primeiro superávit de conta corrente na região em meio século, e alguns países estão fazendo o máximo para capitalizar esse boom atraindo novos investimentos para reforçar seu desempenho econômico em longo prazo. A lógica é boa, mas parece estar iludindo muitos políticos - especialmente em quatro países da perturbada região andina, onde o sentimento populista anticomercial é generalizado. No Peru, os congressistas conseguiram abafar o interesse dos investidores por um novo e grande depósito de cobre, adotando um esquema de royalties primitivo e mal pensado, que não leva em conta o ciclo de preços. Os legisladores equatorianos estão discutindo os planos do governo para atrair mais capital para a indústria de petróleo dominada pelo Estado, apesar de evidências de que o setor privado se saiu melhor que a companhia estatal Petroecuador. Hugo Chávez, o presidente da Venezuela, está desviando a renda extra do petróleo de seu governo para doações destinadas a reforçar sua base política antes do plebiscito sobre seu governo, no mês que vem. Na Bolívia, o país mais pobre da América do Sul, parte da elite política sucumbiu a um nacionalismo niilista que prefere ver suas grandes reservas de gás natural deixadas no chão a exportá-las por um oleoduto que atravessa o vizinho Chile, inimigo da Bolívia desde o século 19. A disputa provocou a queda de um presidente em outubro passado e a suspensão de planos de investimento ambiciosos de companhias internacionais. Em um referendo no final deste mês, o presidente Carlos Mesa tentará ganhar o apoio popular para políticas que lhe dariam mais espaço de manobra para desenvolver o recurso. A alternativa sensata em todos esses casos seria utilizar ao máximo os recursos naturais, especialmente quando a região é tão favorecida como agora pela demanda crescente nos mercados internacionais. Isso não significa a adoção de uma abordagem totalmente laissez-faire. A renda crescente de produção e exportação é uma boa maneira de acumular fundos de longo prazo que podem proteger um país contra a instabilidade nos mercados externos. Para aproveitar os preços mais altos pode ser sensato adotar impostos temporários, embora estes precisem ser pensados mais cuidadosamente do que os anunciados recentemente no Peru. O Chile, que tem um fundo de estabilização de sucesso e ainda está trabalhando em suas propostas de impostos temporários, mostra o caminho a seguir. Em alguns casos, as companhias estatais podem ter uma participação importante no desenvolvimento. Aqui há necessidade de formar companhias bem administradas como a Codelco do Chile e a Petrobras do Brasil, em vez de organizações dominadas por sindicatos como a Petroecuador. Mesmo assim, as realidades econômicas prementes ditam que a América Latina, faminta por capitais, deverá reconstruir os relacionamentos com empresas internacionais para ter acesso tanto aos fundos como à tecnologia de que precisa para crescer. (Financial Times 06/07)

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