Outra queda de braço estranha é o caso do mercúrio no carvão
2004-07-06
Enquanto a mesma Agência Norte-americana de Proteção Ambiental (EPA) trata de alertar a população para que consuma peixe com restrições – pois este alimento está em boa parte contaminado com mercúrio, metal proveniente da queima do carvão – a Casa Branca trabalha tenazmente para acabar com as restrições às usinas termelétricas que queimam carvão. Este fator – carvão queimado para gerar energia – é responsável pela morte prematura de 23,6 mil norte-americanos por ano, de acordo com um relatório lançado em junho pela EPA. O mercúrio que se acumula nas estações termelétricas acaba indo parar em rios, lagos e oceanos e se converte em metilmercúrio, quando processado por microorganismos. O ex-presidente Clinton chegou a despejar boas somas de recursos para reduzir a queima de carvão, mas, agora, a administração Bush tem novas regras. Com o nome Céus Limpos, o plano do presidente prevê uma captação anual de 34 toneladas de mercúrio até 2010, embora o Clean Air Act, a legislação ambiental mais importante sobre qualidade do ar, seja ainda mais rigoroso, determinando que a indústria, como um todo, deva limitar suas emissões de mercúrio a 5 toneladas por ano até 2008.