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2004-07-06
— O Lula nos enganou, afirmou Davi Kopenawa, expressando a decepção dos líderes indígenas com a atual política indigenista do governo federal, no lançamento do Fórum em Defesa dos Direitos Indígenas, dia 23 de junho de 2004, na sede da Procuradoria Geral da República. A declaração do líder indígena está relacionada à política oficial que trilha um caminho diferente do que fora prometido durante a campanha presidencial, em 2001. Cresce a violência contra os povos indígenas, os territórios não estão sendo demarcados e há crise no atendimento à saúde. Mas, dentre todos os problemas, Davi qualificou como inaceitável a intenção do governo federal de abrir as terras indígenas à exploração mineral. Essa disposição do governo é agravada pelo fato de as comunidades não serem ouvidas sobre a proposta de regulamentação da atividade mineradora em suas terras. — Eu falo isto porque ele não fala com os índios, se ele quer usar os recursos naturais, ele fala com o dono da terra indígena. Tem que escutar nós também, povos indígenas, da floresta, declarou Davi que acusou o presidente Lula de mentir aos povos indígenas durante a campanha eleitoral. —(...) ele ia para as áreas indígenas só para agradar a gente. Ele foi em Boa Vista, na terra dos Macuxi, e disse que ia homologar a Raposa/Serra do Sol (...).

Contaminação dos rios
Em discurso indignado, afirmou que seu povo não quer a mineração em suas terras, recordando a amarga experiência vivida por eles durante a invasão garimpeira de 1987 que quase dizimou o grupo. — Os povos indígenas já sofreram, Yanomami já morreram e agora temos experiência de como foi ruim para nós. Agora, o governo nunca sofreu como nós sofremos (...)com a malária, com a gripe e com a tuberculose, afirmou. Além das doenças, a mineração implica a destruição dos recursos ambientais e a contaminação dos rios. — Os rios que nascem na terra indígena, vão contaminar tudo, advertiu. — A terra é patrimônio, não pode ser destruída, tem que ser preservada e respeitada. O governo brasileiro está desrespeitando os povos indígenas e as terras do Brasil, afirmou o Davi, enfatizando que os Yanomami repudiam a mineração em suas terras.

Projeto para empresas
Davi Kopenawa condenou o Projeto de Lei 1.610/96, de autoria do senador Romero Jucá (PMDB-RR), regulamentando a extração de minérios em áreas indígenas e lembrou que o senador já foi presidente da Fundação Nacional do Índio, período em que os índios foram igualmente enganados. Segundo Davi, há cerca de 520 mineradoras interessadas em explorar a Terra Yanomami, esperando apenas a aprovação do projeto do senador que facilita o seu ingresso na terra indígena. Ele repetiu que os índios não querem a presença das empresas em suas terras. O temor de Davi e de outros líderes indígenas justifica-se pela rápida tramitação do projeto de Romero Jucá nos últimos meses. O senador utiliza o recente conflito entre garimpeiros e os índios Cinta Larga, em Espigão DOeste (RO) para reforçar a necessidade de aprovação da sua proposta. Líderes indígenas e as organizações que atuam com as comunidades não foram ouvidos para opinar sobre o projeto, deixando claro que o objetivo é mesmo abrir todas as áreas às empresas de mineração. O representante dos Yanomami criticou também a Fundação Nacional do Índio. Como órgão responsável pela execução da política indigenista, não abriu diálogo com os povos indígenas sobre os projetos do governo. Junto com Davi vieram para a instalação do Fórum Antonio Yanomami (Toototobi), Genivaldo Yanomami (Paapiú), Denílson Borari Yanomami (Paapiú Novo), Raimundo Yanomami (Catrimani I), Edmar Yanomami (Demini) e Rafael Wanari Yanomami (Balawaú). (Comissão Pró-Yanomami)

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