(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2004-07-05
Doze milhões de pessoas, o equivalente a toda a população da Hungria, não têm acesso à energia elétrica no Brasil, segundo dados recém-divulgados pela ministra Dilma Roussef (Minas e Energia). São famílias que vivem totalmente à margem de confortos considerados básicos para a maioria, como o simples ato de estocar alimentos perecíveis. Doze milhões de brasileiros que ainda condicionam seu cotidiano pelo nascer e pôr do Sol. Agora, graças às pesquisas desenvolvidas por dois engenheiros mecânicos mineiros, a passagem do Astro-Rei sobre nossas cabeças passará a ter um significado muito especial para esse enorme contingente dos sem-energia. Fabiano Drumond Chaves e Fernando Vollu Cyríaco, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), sob orientação do professor Marcelo Fonte-Boa, construíram um dos primeiros protótipos de geladeira solar com potencial de chegar ao mercado consumidor dentro de dois anos. Na verdade, o sistema, para uma geladeira-padrão de 200 litros, já está pronto, a um custo aproximado de R$ 2 mil. Porém, seus inventores ainda o consideram um trambolho, que nos próximos 24 meses deve passar por ajustes até fique mais simples, bonito para os padrões de mercado e mais barato. No passado, aqui mesmo no Brasil, pelo menos dois outros protótipos já foram criados. Porém, o sistema empregado para transformar a radiação solar em energia, e esta, por sua vez, ser capaz de refrigerar, tornavam as máquinas tão caras que eram inviáveis comercialmente.

O grande diferencial do projeto de Fabiano e Fernando foi resgatar uma tecnologia criada em 1777, portanto há 227 anos, e que até a década de 1940 era o componente básico das rudimentares geladeiras, conhecido como processo de absorção. Com ele, a geladeira solar mineira alcança, vazia, oito graus negativos, —suficiente para congelar a água—, diz Fabiano. Cheia, ela, segundo a dupla, também pode alcançar temperaturas similares, necessitando apenas de um isolamento melhor. Nos testes, três horas de captação da radiação solar foram suficientes para manter o protótipo funcionando por 24 horas. —No Sul-Sudeste, temos, em média, seis horas de luz solar. Já no Nordeste, essa média sobe para oito horas por dia. Nesse caso, diminui-se o equipamento, que fica mais barato—, explica Fabiano. Proprietários da empresa Paz Engenharia, uma das onze incubadas na Inova - Incubadora de Empresas da UFMG, a dupla pretende produzir não apenas a geladeira, mas também o coletor de energia solar que acompanha obrigatoriamente cada aparelho. Todavia, mais do que chegar ao mercado, a meta da empresa é levar a comodidade da geladeira a comunidades onde não há energia elétrica e minimizar a crise energética, com o estímulo ao uso de fontes renováveis e não-poluentes. —O sol nasceu para todos—, diz Fernando. Eles sugerem, por exemplo, que o governo financie a instalação de congeladores de uso coletivo para comunidades de pescadores ou a compra de pequenas geladeiras para a conservação de vacinas em povoados rurais. —Por tudo isso, não pensamos em vender nosso projeto, mas em produzir por nossa conta, porque há muita idéia boa arquivada pelo poder econômico das grandes empresas—, afirma Chaves. Além de todos os benefícios sociais e ambientais do projeto, o protótipo tem ainda um grande diferencial. —Ela dura muito mais que os aparelhos que funcionam à base de energia elétrica, pois não possui motores nem compressores, que com o tempo vão se desgastando. Por isso, tem ainda a vantagem de não poluir nem fazer qualquer tipo de ruído—, acrescenta o pesquisador. Quem quiser mais detalhes ou fazer contato com os inventores, pode acessar a página do projeto na internet: www.paz.eng.br (Tribuna Digital, 05/07)

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -