Japão conclui que é mais barato enterrrar que reciclar lixo nuclear
2004-07-05
O governo japonês liberou dois documentos nos quais compara a disposição e a reciclagem de resíduos nucleares e mostra que o custo de enterrar esse tipo de rejeito é menor que o de reciclar. Críticos consideraram errada a divulgação dessas informações afirmando que elas refletem o desejo do governo de evitar um aumento de pedidos para que ele reveja a sua política de favorecimento à reciclagem do combustível nuclear. O Centro de Gerenciamento de Resíduos Radioativos, organização afiliada ao antigo Ministério do Comércio e Indústria Internacional, estimou, em março de 1998, que custaria 4 trilhões a 6 trilhões de ienes enterrar combustível nuclear em grandes profundidades, e que custaria 3,4 trilhões a 5 trilhões de ienes reprocessá-lo. Contudo, o reprocessamento poderia demandar 11 trilhões de ienes para a construção e o desmantelamento de unidades de processamento necessárias a tal operação. Portanto, o custo estimado de reprocessamento seria muito maior que o de disposição. Em 1994, o diretor-geral da Agência de Recursos Naturais e Energia, Kazumasa Kusaka, havia afirmado que não haveria custos adicionais com o reprocessamento. Mas na sexta-feira passada (02/07), contudo, Kusaka, agora vice-ministro de Negócios Internacionais, mudou de opinião e disse não saber da existência das antigas estimativas. (Japan Times 04/07)