Peixe pode não ser uma boa escolha de alimentação
2004-07-05
A Agência Norte-americana de Proteção Ambiental (EPA) e diversos médicos têm lançado alertas a respeito dos perigos de se ingerir peixe contaminado com mercúrio. Mas, por que, então, a Casa Branca está trabalhando para baixarem-se as restrições das emissões de mercúrio das plantas de carvão? A pergunta é do jornalista norte-americano Charlie Tuna. — Era uma vez o tempo em que peixe aparecia como opção saudável de alimentação. Hoje, a maioria dos alimentos de origem marinha, ricos em óleo ômega-3, está repleto de contaminantes, diz ele em um artigo veiculado no início de Julho na Alternet. — Justamente quando as pessoas buscam escolhas seguras de alimentação, elas se tornam cada vez mais questionáveis, acrescenta. Em março, a EPA lançou novas regras para as quantidades de determinados tipos de peixes que podem ser consumidos por mulheres grávidas, em amamentação e por crianças. Mais recentemente, a Sociedade de Profissionais de Saúde Reprodutiva e de Médicos para a Responsabilidade Social passou a considerar a necessidade de controle mais restrito de consumo de salmão e sardinha para esses mesmos grupos. Existe a preocupação de que esses tipos de alimentos possam estar contaminados com policloreto de bifenila (PCBs), uma classe de substância química que causa sérios danos à saúde, como câncer e danos graves ao sistema nervoso central, inclusive a interrupção do desenvolvimento cerebral. As novas recomendações são de que crianças abaixo de 12 anos evitem totalmente certos tipos de peixes que sabidamente estão expostos a mercúrio. De acordo com um estudo feito por um Grupo de Trabalho Ambiental, uma organização de observadores composta por cientistas independentes encontrou, em salmões comprados em mercearias de Washington, San Francisco, Portland e Oregon, níveis de PCB 16 vezes maior que os encontrados em salmões selvagens. (Alternet 02/07)