O crescimento da pesca ilegal ameaça seriamente a gestão sustentável dos recursos de pesca. Por isto, mais de 80 peritos que se reuniram entre os dias 24 e 29 de junho em Roma, num evento promovido pela FAO – agência das Nações Unidas para agricultura e alimentação – defenderam a aplicação de sanções mais pesadas para quem pratica a chamada pesca predatória. Os participantes propuseram ainda maior cooperação entre governos e organismos de controle internacionais quanto às exportações de pescado, bem como a suspensão da introdução de novas frotas pesqueiras. No final do encontro, o grupo – incluindo a União Européia – confiou à FAO a tarefa de criar uma base de dados central sobre pesca ilegal, não declarada e desregulada, em nível mundial, e definir níveis-padrão para medir a capacidade pesqueira. A FAO deverá ainda realizar uma revisão global da capacidade dos estoques de peixes do planeta e intensificar o seu apoio técnico a países em desenvolvimento que lutam contra a má gestão e a pesca ilegal. De acordo com relatórios dos 82 países membros da FAO, existem lacunas de informação quanto às capturas e atividades pesqueiras. Apenas 60% dos países que autorizam embarcações estrangeiras a pescar nas suas águas dizem verificar se esses barcos têm autorização para operar. (Ecosfera 1º/07)