Pesquisadores da UFRGS constroem casa popular sustentável
2004-07-01
Pesquisadores da UFRGS ergueram uma casa popular em que a característica número um é a preservação da natureza. O protótipo de uma residência sustentável, no Campus do Vale, bairro Agronomia, na Capital, aproveita água da chuva, sol, vento, vegetação e produtos locais para diminuir o impacto ambiental da construção civil. O custo é estimado em R$ 12 mil, e a casa deve ser inaugurada em 90 dias. São 46 metros quadrados, divididos em sala, cozinha, dois quartos e banheiro. As tentativas de poupar o ambiente estão por toda parte. A madeira das portas e das janelas, de eucalipto, são resultado de reflorestamento. A chuva é captada no telhado e empregada na descarga do vaso sanitário. Uma chapa de fotolitos reciclados faz a climatização, impedindo que a casa se torne uma estufa no verão e um freezer no inverno. A vegetação é estratégica. Uma parreira plantada sobre uma pérgola lateral (estrutura de madeira para dar suporte à vegetação) dá sombra no verão e abre passagem para o sol no inverno, quando está sem folhas. Os materiais de construção (tijolos, telhas, cimento) são os produzidos na região, para haver menos distância de transporte e, logo, menos poluição. A casa é de um piso só, mas com possibilidade de construção de dois mezaninos. Depois de inaugurada, a casa estará aberta à visitação. Sattler acredita que o modelo da casa ecológica será empregado futuramente pelo poder público. Para ele, o protótipo dá um novo significado ao conceito de moradia popular. Se fosse uma casa convencional o custo seria de R$ 25 mil a R$ 30 mil. (ZH/36)