Com a implantação do novo modelo do setor elétrico, o Brasil tem plenas condições de se tornar uma nação pioneira na energia alternativa e em tecnologias de ponta. A discussão sobre esse potencial foi a tônica do painel que reuniu ontem (30/06) os pesquisadores Suzana Kahn, coordenadora geral do Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais, e Márcio Zimmerman, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), no seminário Crises e Soluções na Indústria Elétrica Mundial, promovido pela Eletrobrás e pela Electricité de France (EDF) no Rio de Janeiro. — A integração entre a EPE (Empresa de Pesquisa Energética, que deverá ser criada pelo Governo no segundo semestre), o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e as empresas de energia vai ser ótima para o desenvolvimento do país, afirmou Zimmerman. O pesquisador apresentou ao público softwares de monitoramento do sistema elétrico criados pelo Cepel, centro ligado à Eletrobrás, que permitem uma economia anual de R$ 4 bilhões. Suzana Kahn fez uma abordagem técnica sobre o futuro do setor de energia, apontando a necessidade cada vez maior da utilização de novos combustíveis, como o biodiesel e o hidrogênio. Segundo ela, as condições ambientais do Brasil são excelentes para o desenvolvimento dessas tecnologias. — Temos tudo para que o país seja pioneiro em novas fontes, analisou.