Penha - Mais dois pingüins da espécie Spheniscus magellanicus chegaram, ontem, ao centro avançado da Univali, em Penha, Litoral Norte de Santa Catarina. Um deles foi encontrado na segunda-feira por populares na Praia Central de Piçarras, município vizinho. O outro foi resgatado por pescadores da praia de Armação, em Penha. Este, quando chegou ao centro, ainda estava enrolado num pedaço de rede de pesca, aonde se enroscou.

Na semana passada, outros quatro animais da mesma espécie já haviam sido encontrados na região. Todos permanecem na Univali até amanhã de manhã, quando serão levados até o Rio Grande do Sul e devolvidos ao mar. Os animais estão em seu primeiro ano de vida. Alguns, chegam a viver até 20 anos. Em Penha, todos estão recebendo cuidados de voluntários de um projeto criado em 1997. O programa Remarc (Reabilitação e Marcação de Aves Marinhas) utiliza a estrutura da Univali. Lá, eles ficam no aviário, espaço que já dividiram com animais como gaivotas. Durante a estadia, tomam antibióticos, vermífogos e cápsulas de carvão ativado para eliminar o óleo que engolem no mar. Segundo o oceanógrafo Eric Cerchiari, muitos ficam com a saúde fragilizada porque recebem cuidados de maneira errada. —Muita gente coloca os pingüins num recipiente gelado. Mas é importante lembrar que é justamente para fugir do frio que eles saem da Patagônia, no Extremo-sul do continente americano—. Eles vêm conduzidos pela corrente das Malvinas. Muitos se perdem, ou adoecem, e acabam vindo parar na costa. De acordo com Eric, muitos outros pingüins devem aparecer no litoral neste inverno.(RS) (A Notícia, 30/06)