Sessenta por cento dos incêndios florestais que ocorrem no mundo têm sua origem às margens das vias públicas e, em Mato Grosso, a situação não é diferente. O fogo que consome o mato às margens das estradas – e que contribuem para que o Estado seja recordista no número de focos de calor – poderia ser evitado se medidas fossem adotadas, como o corte da vegetação e do mato que cresce à beira das estradas. No dia 3 de maio o coordenador regional do Prevfogo, Romildo Gonçalves, enviou um ofício a Unit (Unidade de Infra-Estrutura Terrestre), órgão responsável no Estado pelas rodovias federais, solicitando a limpeza do matagal. No ofício, assinado por Gonçalves e pelo gerente executivo substituto do Ibama, Marcos Pinto Gomes, são citadas as áreas de maior ocorrência de fogo (em 99% dos casos a ação é do homem, em atos de vandalismo) e cujo trabalho deveria ser prioritário: Serra de São Vicente (Posto Flávio Gomes até a escola Agrícola de São Vicente), Serra da Petrovina, Serra do Mangaval (de Cáceres até o posto Cinquentinha) e de Cuiabá ao Posto Gil. Gonçalves cita o exemplo da Rede Cemat que, a partir do momento em que começou a trabalhar em parceria com o Ibama, os casos de apagões decorrentes de queimadas nos municípios caíram de 80% para 0%.