Quase 100 milhões de norte-americanos em 21 Estados do país respiram níveis insalubres de minúsculas partículas emitidas por usinas termoelétricas a carvão, por carros e por fábricas, disse a Agencia de Proteção Ambiental (EPA) na terça-feira (29/06). O administrador da EPA, Mike Leavitt, notificou os governadores de 21 Estados -- a maioria no leste, mais a Califórnia -- de que 243 condados não cumprem a proposta feita pela agência para limitar as emissões de micropartículas. Essas substâncias, 28 vezes menores do que a largura de um fio de cabelo, provocam doenças cardíacas e pulmonares que podem levar à morte ou se tornarem crônicas, como arma e bronquite. Essas partículas só foram classificadas como poluentes em 1997, mas atualmente Leavitt considera que o combate a elas é sua prioridade no que diz respeito à qualidade do ar. Pelo plano da EPA, os Estados devem apresentar propostas para diminuir a emissão das partículas a partir de 2008 e cumprir as metas até no máximo 2015. Segundo análise dos técnicos, cumprir parcialmente as metas em 2010 já evitaria 15 mil mortes prematuras. Nos Estados do leste, a maior parte da emissão de partículas é feita por usinas elétricas alimentadas por carvão. Na Califórnia, onde essas usinas não existem, a fonte são carros e caminhões. Os ambientalistas dizem que as regras da EPA não vão garantir uma redução rápida nas emissões de poluentes das 1.100 usinas termoelétricas a carvão dos EUA, que é a principal fonte individual. Mas Leavitt disse que a proposta de reduzir as emissões em até 70% nos próximos 11 anos representará um dos maiores avanços na defesa da qualidade do ar na história dos EUA. —Trata-se de deixar o ar mais limpo e nossos padrões mais rígidos. Não há uma sanção imediata para os Estados que não cumprirem as regras, mas os que não apresentarem os planos podem perder verbas federais para transportes, segundo Leavitt. Os governadores pediram à EPA que indicasse o descumprimento das regras por parte de apenas 141 condados, bem aquém dos 243 apontados na lista preliminar a ser concluída em novembro.(Reuters 29/06)