Justificativa é que o Judiciário não pode interferir na gestão interna de uma empresa - no caso, a Corsan. Mas o Ministério Público, autor da ação, vai recorrer. O pedido de liminar encaminhado pelo Ministério Público de Santa Cruz contra a Corsan, na quinta-feira (24/06), foi indeferido pela Justiça. A ação cobrava da companhia a ampliação da rede coletora e do tratamento de esgoto no município. A iniciativa partiu do promotor Voltaire de Freitas Michel, após um diagnóstico que revelou que o tratamento de esgoto na cidade é deficitário. O relatório mostrou que a Estação Pindorama, que tem capacidade para tratar os resíduos de 70 mil residências, recebe apenas o equivalente a 15 mil. De acordo com Michel, o sistema da companhia em Santa Cruz gera lucros. Porém, parte dos recursos é destinada a obras em outros municípios. — O MP entende que tudo que é arrecadado na cidade deve ser investido aqui. Por isso, encaminhei o pedido de tutela de todo o valor faturado na cidade a partir de agora, para garantir que esse dinheiro seja investido no município. O Ministério Público vai recorrer da decisão da Justiça até quinta-feira (01/07). (Gazeta do Sul 29/06)